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“‘Prende e solta’: o ciclo que revolta o Brasil e expõe as falhas do sistema de Justiça”

A frase “a polícia prende, a justiça solta” já virou bordão no Brasil. Por trás dela, porém, há muito mais do que um desabafo popular: há um sistema que falha diariamente e alimenta a sensação de impunidade que cresce nas ruas e nas redes. Em um vídeo publicado recentemente, a jornalista Ana Paula Mendes trouxe à tona a discussão sobre o chamado “prende e solta”, questionando as brechas legais que permitem que criminosos reincidentes sejam liberados logo após a prisão. O conteúdo ganhou grande repercussão e reacendeu um debate urgente sobre segurança pública e responsabilidade institucional.

Casos recentes chamam atenção: suspeitos com dezenas de passagens pela polícia, inclusive por crimes graves, são presos em flagrante e soltos nas chamadas audiências de custódia. Um mecanismo criado para garantir que o detido não tenha sofrido abuso policial e que a prisão seja legal. Na prática, porém, essas audiências têm se tornado sinônimo de “porta giratória da justiça”, onde o ciclo de prisão e soltura se repete sem interrupção.

Em meio à polêmica, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que “a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”. A fala gerou reação entre policiais e especialistas, que defendem que o problema é muito mais complexo e passa pela falta de integração entre Polícia, Ministério Público e Judiciário. Para eles, sem coesão e harmonia entre essas instituições, o resultado é sempre o mesmo: a impunidade prevalece e o cidadão comum continua exposto.

Uma pesquisa nacional da Genial/Quaest, divulgada em maio deste ano, confirma o sentimento generalizado de insegurança. De acordo com o levantamento, 73% dos brasileiros acreditam que o sistema de Justiça é “muito leniente” com criminosos, e 68% afirmam que as leis brasileiras favorecem mais quem comete o crime do que quem é vítima dele. Esses números ajudam a explicar o crescente descrédito nas instituições e a sensação de que o Estado perdeu o controle sobre a punição efetiva dos delitos.

O debate proposto por Ana Paula Mendes reforça a urgência de uma revisão profunda nas políticas de segurança e justiça. Reformar o modelo das audiências de custódia, investir em investigação de qualidade, fortalecer as provas e melhorar a comunicação entre as instituições são caminhos apontados por especialistas. Enquanto isso não acontece, o país segue preso em um ciclo previsível e perigoso: prende, solta… e prende de novo.

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