O furto e o roubo de celulares se tornaram um dos principais termômetros da violência no Estado do Rio. Só este ano, mais de 54 mil aparelhos foram levados por criminosos, uma média de um celular roubado a cada sete minutos. O volume impressiona e revela um tipo de crime que não apenas afeta a vida cotidiana das vítimas, mas que movimenta uma cadeia muito maior e mais silenciosa.
No centro dessa engrenagem está a receptação, etapa que dá fôlego ao mercado ilegal e sustenta o ciclo que começa na rua e termina na revenda. Para combater essa estrutura, a Polícia Civil vem intensificando a Operação Rastreio, deflagrada no início do ano e que teve mais uma etapa nesta semana. Dessa vez, 32 pessoas foram presas e 2.500 celulares apreendidos. Em outras fases, a operação já havia recuperado mais de 10 mil aparelhos e prendido mais de 700 envolvidos.
Entre os alvos recentes está um homem que vendia cursos pela internet ensinando a desbloquear celulares roubados em cerca de 40 segundos, facilitando a revenda dos aparelhos. O caso ilustra como o crime se modernizou e como a cadeia do roubo não termina no assaltante, ela se estende para quem compra, desbloqueia, revende e lucra com o desespero das vítimas.
O tema também foi abordado esta semana em um vídeo jornalístico produzido por Ana Paula Mendes, que vem destacando, com dados e estatísticas, como a receptação alimenta diariamente a violência nas ruas. A publicação gerou forte engajamento do público, com comentários que reforçam a importância da conscientização e do combate à compra ilegal de aparelhos.
