A cidade de Búzios, um dos destinos mais procurados do litoral fluminense, está prestes a adotar a chamada taxa de turismo sustentável. A proposta, inspirada em modelos já existentes em Fernando de Noronha (PE) e Ilhabela (SP), prevê a cobrança de valores de visitantes e veículos durante o período da alta temporada e feriados prolongados. O objetivo, segundo o município, é reduzir os impactos do turismo de massa e garantir recursos para ações de preservação ambiental.
A cobrança está prevista para ocorrer entre 20 de dezembro e cinco dias após o Carnaval, além dos feriados prolongados. Todo hóspede deverá pagar R$ 14,60, e os veículos também terão uma taxa de circulação que pode ultrapassar R$ 100, dependendo do porte. Moradores, trabalhadores locais e veículos oficiais não entram na lista de cobrança.
Durante o verão, o consumo de água e energia, além da geração de lixo, pode quadruplicar em Búzios. A ideia é que o turista contribua para manter praias, ruas e serviços em funcionamento, sem comprometer o meio ambiente. A medida ainda precisa ser aprovada em segundo turno na Câmara de Vereadores e, em seguida, sancionada pelo Executivo. A assessoria da casa legislativa nos informou que ainda não há previsão para a segunda votação e que, até o momento, nenhuma proposta de alteração ao projeto foi apresentada.
Em nota oficial, a Prefeitura de Búzios destacou que a lei que institui a taxa já define, de forma específica, a destinação dos recursos arrecadados, “não cabendo ao município alterar os critérios legais de aplicação”. O comunicado também reforça que “todos os valores arrecadados e aplicados serão publicados no Portal da Transparência, sob acompanhamento permanente da Controladoria Geral do Município, garantindo total publicidade e controle dos gastos realizados pela administração municipal”.
A jornalista Ana Paula Mendes gravou um vídeo sobre o assunto em suas redes sociais, onde o tema vem gerando ampla repercussão. Moradores e turistas têm opinado sobre a proposta, que segue uma tendência nacional. Campos do Jordão também discute a criação de uma taxa semelhante, enquanto Angra dos Reis já definiu que a cobrança passará a valer a partir de 2026. Especialistas avaliam que, quando bem aplicada, a medida pode fortalecer o turismo sustentável e garantir o equilíbrio econômico e ambiental dos destinos, mas alertam que valores altos podem afastar visitantes.




