O aumento do novo salário mínimo, que entra em vigor nesta quarta-feira (1), terá impactos no piso da Previdência Social. Com isso, além do salário, os benefícios pagos a aposentados e demais beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), também terão um reajuste de 7,5%. O abono salarial e o seguro-desemprego serão outros benefícios impactados. O salário mínimo nacional passará de R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025. Isso representa, na prática, R$ 106 a mais.
Para os trabalhadores, o valor começa a ser pago a partir de fevereiro. Já para aposentados e beneficiários do INSS, o pagamento do novo valor começará a ser paga de 27 de janeiro a 3 de fevereiro, que já contempla a nova folha. A data exata depende do número final do benefício, conforme o calendário.
O reajuste de 7,5% considera a inflação de 2024 e o crescimento da economia brasileira, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB).
O valor ficou R$ 10 abaixo do previsto anteriormente na regra de valorização real do salário mínimo, criada no início do governo Lula 3, que considerava a inflação de 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a variação do PIB de dois anos antes.
Os R$ 1.518,00 já foram calculados pela nova lei sancionada por Lula que limita o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação de 2025 a 2030.
Para trabalhadores que recebem acima do salário mínimo, o reajuste é estabelecido através de negociações coletivas entre sindicatos e empregadores.
Segundo dados do IBGE, 67,19% dos trabalhadores ocupados recebiam até R$2.424 por mês em 2022, totalizando 65,565 milhões de pessoas. Ou seja, boa parte da população sobrevive com renda que não chega a dois salários mínimos.
Além disso, segundo a pesquisa, aproximadamente, 35,63% da população brasileira recebia até 1 salário mínimo, o que corresponde a cerca de 34,766 milhões de pessoas.
"No Brasil, a pirâmide salarial é bastante desigual. A maioria da população está nos estratos inferiores, com salários baixos, enquanto uma pequena parcela concentra a maior parte da renda do país. Isso significa que a desigualdade social é um problema sério para o crescimento e alcance da igualdade", disse o cientista social Guilherme Carvalhido.
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