O Rio de Janeiro vive uma escalada inédita de golpes. A cada três minutos, uma denúncia de estelionato chega a uma delegacia do estado, segundo dados recentes da Polícia Civil. Em 2025, foram 113 mil registros, o maior número da série histórica. Um aumento de mais de três vezes em relação a 2020, quando o total foi de 36 mil casos. É como se uma cidade inteira do tamanho de Araruama ou Itaperuna tivesse sido vítima de estelionato. Diante desse cenário, a jornalista Ana Paula Mendes publicou nas redes sociais um vídeo de alerta, chamando atenção para o avanço dos golpes e a importância da prevenção.
No vídeo, ela explica que os criminosos estão cada vez mais sofisticados: usam vozes treinadas, perfis falsos com logotipos de bancos e um repertório técnico com termos específicos de cada área. Entre os golpes mais comuns estão o do Pix, do WhatsApp clonado, do motoboy, do falso advogado e o da falsa central bancária que, em cidades como Cabo Frio, já soma cerca de dez ocorrências por dia.
Esses golpistas criam um ambiente de pânico e urgência para que a vítima entregue tudo: CPF, senhas, códigos e até faça transferências para contas falsas. O alerta é direto: desligue imediatamente e entre em contato com o banco por um canal oficial. Nunca clique em links, não envie informações pessoais e mantenha a calma, o golpe só funciona quando o medo fala mais alto.
Mais do que se proteger individualmente, é fundamental registrar boletim de ocorrência sempre que houver tentativa ou confirmação do golpe. Só com as denúncias a polícia consegue mapear a chamada “mancha criminal” e agir com eficácia. Sem o registro, o crime desaparece das estatísticas e os golpistas continuam agindo. Denunciar é também uma forma de proteger outras pessoas.




